quarta-feira, 30 de novembro de 2016

CAPÍTULO 3

SARDES



Localiza-se cerca de oitenta quilômetros ao oriente de Esmirna e se apresenta como uma das mais antigas cidades da Ásia Menor. A maior vantagem de Sardes era ser o centro de junção de cinco diferentes estradas. Sardes havia sido a antiga capital do reino da Lídia, e por volta do ano 560 a.C., Creso, cujo nome tornou-se provérbio de riqueza, veio a ser o seu rei. Era um lugar de grande beleza, cercado de uma região muito fértil. Construída aos pés do monte Tmolo, à margem oriental do rio Pactolo. A cidade, quando foi construída, estava toda protegida dentro de fortes muralhas na acrópole, sobre uma montanha de 150 pés de altura. Uma fortaleza quase inexpugnável, exceto em um ponto ao sul. A cidade de Sardes nos dias de João ainda estava em processo de reconstrução, após ter sido destruída por um terremoto no ano 17 d.C. Quando João escreveu essa carta, Sardes parecia ser uma cidade cuja glória passara.
1 Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Isto diz aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as estrelas: Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto. Sardes significa “Cântico de alegria.” A igreja de Sardes representa a história do cristianismo no período de transição entre a verdadeira reforma e o protestantismo.
Tens nome de que vives, e está morto - a hipocrisia foi uma característica marcante nesta igreja. A igreja neste período tinha um bom nome e uma boa reputação. O nome “protestante” indicava oposição aos abusos, aos erros e ao formalismo da Igreja Católica Apostólica Romana; indicava que nenhum desses erros seriam encontrados entre os protestantes, porém, isso foi verdade somente entre os arautos da Reforma, e perdurou enquanto Lutero ainda vivia.
2 Sê vigilante, e confirma o restante, que estava para morrer; porque não tenho achado as tuas obras perfeitas diante do meu Deus.
“Quando quer que a igreja tenha obtido o poder secular, empregou-o ela para punir a discordância às suas doutrinas. As igrejas protestantes que seguiram os passos de Roma, formando aliança com os poderes do mundo, têm manifestado desejo semelhante de restringir a liberdade de consciência. Dá-se um
exemplo disto na prolongada perseguição aos dissidentes, feita pela Igreja Anglicana. Durante os séculos dezesseis e dezessete, milhares de ministros não-conformistas foram obrigados a deixar as igrejas, e muitos, tanto pastores como o povo em geral,
foram submetidos a multa, prisão, tortura e martírio.” Ellen G. White, O Grande Conflito, 443
Lutero denunciou Zuinglio como um herege, e os Calvinistas não queriam saber dos Luteranos. O primeiro credo protestante foi a Confissão de Augsburg, 1530. Essa data é importante porque dessa data em diante os protestantes começaram a perder de vista a Palavra de Deus e o Espírito Santo como guias. Eles se organizaram em seitas, criaram seus regulamentos, credos e disciplina. Foi assim que Calvino, em Gênova, consentiu com a morte de Servetus por causa de
diferenças religiosas, Servetus foi queimado. Na Inglaterra, os protestantes anglicanos empreenderam a mais cruel guerra não somente contra os católicos, mas também contra todos os protestantes que se recusavam a se conformar com a igreja estabelecida. Os protestantes colocaram seus exércitos no campo e lutaram pelos seus credos, como aconteceu na Guerra
dos Trinta Anos (1618 1648) que começou com a revolta
Boêmia contra a Igreja de Roma, e o longo período de guerra dos Huguenotes na França, só que desta vez contra seus próprios irmãos. O estudo da história da Reforma mostra que o protestantismo, a partir de 1530, introduziu um outro período de apostasia, ou melhor, uma outra forma de apostasia. Em menos de cem anos, o luteranismo, com o qual a Reforma
alcançara o seu clímax, cristalizou-se num formalístico e dogmático movimento protestante. O historiador D'Aubigne considera que o fim da verdadeira Reforma foi o “decisivo período de 1530 e 1531,” e que a partir dessa data, começou então uma outro capítulo, a história do protestantismo. F.G. Smith, What the Bible Teaches, 293.
O grande sistema protestante que sucedeu o romanismo, tomou o seu lugar no mundo moderno, assim como foi descrito na profecia. As duas primeiras nações na Europa a se levantarem contra o papado foram a Alemanha e a Inglaterra. Estas duas  nações têm sido consideradas como sendo a plataforma do
protestantismo. O protestantismo ganhou sua posição e
influência no mundo moderno especialmente através do poder político. Este fato não pode se negado, pois foi assim no passado na Alemanha e Inglaterra, e assim será no futuro quando a profecia do protestantismo apostatado de Apoc. 13:11-18 cumprir-se através da união da Igreja e do Estado nos Estados Unidos da América do Norte. Ramos Samuel, Revelações do Apocalipse, 137.
3 Lembra-te, portanto, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. Pois se não vigiares, virei como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. Aqui encontramos cinco conselhos de Jesus à igreja de Sardes. “Sê vigilante,” esse conselho tem muito a ver com a cidade de Sardes. Quando Ciro, o persa, cercou a cidade de Sardes, ele não podia avançar até que a fortaleza fosse tomada. Sardes era uma fortaleza quase inexpugnável. Assim, o general persa declarou que qualquer homem que descobrisse um meio de invadir a fortaleza e dominá-la, receberia elevada recompensa. No exército persa havia um soldado chamado Heroeades. Esse soldado certo dia, observava a escarpa e o parapeito acima, local vigiado por um soldado lídio. Ao estar assim observando, o soldado lídio deixou cair, acidentalmente, o seu elmo, que despencou do alto do parapeito até quase a base do penhasco. O soldado lídio galgou o parapeito e tomou vagarosamente o caminho que se dirigia à base do penhasco para recuperar o seu elmo, voltando depois ao seu posto de sentinela. O soldado persa que o observava gravou cuidadosamente na memória todos os lances do roteiro do
soldado lídio, e, à noite, com um seleto grupo de companheiros, escalou o penhasco até o alto. Estava absolutamente desprovido de guarda, e, assim Sardes caiu nas mãos dos persas. Pela segunda vez Sardes, nos dias de Achneus, em circunstâncias semelhantes caiu nas mãos do inimigo, desta vez Antíoco, o  Grande. Um dos problemas de Sardes era a falta de vigilância. Essas eram histórias conhecidas nos dias do profeta João, e Jesus faz uso delas para dizer aos cristãos de Sardes: “Lembrem-se da história de vocês;” a ênfase de nosso Senhor é: Sejam
vigilantes... e se não vigiarem, virei como ladrão Ray Summers, Worthy Is the Lamb, 121.
4 Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram as suas vestes e comigo andarão vestidas de branco, porquanto são dignas.
Nunca houve um período tão escuro em que Deus não tivesse Suas estrelas. No período de Sardes, Deus tinha “alguns que não contaminaram seus vestidos” (Apoc. 3:4): os reformadores Martinho Lutero, Ulrich Zwinglio, João Calvino, o puritano João Bunyan, os pietistas Philipp Spenner, August Hermann Francke, e o Conde Zinzendorf, e os metodistas João Wesley e Whitefield.
5 O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
6 Quem tem ouvidos, ouça o que o espírito diz às igrejas.
FILADÉLFIA
O cristianismo parece ter sido introduzido em Filadélfia na era apostólica pelo fato de uma das cartas de João ser endereçada à igreja dessa cidade. A profetiza “Ammia” celebrizou-se ali entre os anos 100 e 160 d.C. Em tempos posteriores Filadélfia tornou-se sede de um bispo e no século XIII era o centro cristão da Lídia, sendo a residência de um arcebispo. Caiu em poder dos turcos no ano 1390, e depois foi conquistada por Tamerlão, em 1402. Este soberano construiu um muro com os cadáveres das vítimas da tomada de Filadélfia. Isso não arrefeceu a firmeza dos cristãos e sua determinação de permanecer leais a sua religião. Mesmo depois que os turcos se apoderaram do país, e o cristianismo na Ásia Menor foi perecendo lentamente, Filadélfia continuou sendo uma cidade cristã, como Esmirna. Constitui notável característica que as duas cidades, Esmirna e Filadélfia, que retiveram seu caráter e população cristã por mais tempo que as outras cidades da Ásia Menor, são as cidades cujas igrejas foram tão puras e irrepreensíveis no tempo do apóstolo João, que as cartas escritas para elas são as únicas que não contêm palavras de repreensão.  Ramos, Samuel, eveleções do Apocalipse, 148.
7 Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre: Interpretação primária: Esta porta está relacionada com o Santuário,  veja as declarações abaixo: “A porta que Jesus abre para a igreja de Filadélfia tem sido basicamente interpretada . . . como a oportunidade para pregar o evangelho (1 Cor. 16:9; 2 Cor. 2:12; Col. 4:3)” mas “o contexto da carta não é o trabalho missionário, e sim a recomendação para manter a constância e paciência que a igreja teve no passado (Apoc. 3:10-11). O principal propósito destas mensagens é ajudar a igreja a passar através do teste final e juízo (v. 10). Além disso, em contraste com a porta evangélica que cada ser humano pode fechar (Apoc. 3:20; Mateus 23:13; Lucas 11:52), esta porta que Jesus abre não pode ser fechada.” Alberto R. Treiyer, The Day of Atonement and the Heavenly Judgment, 507
“Cristo abrira a porta, ou o ministério, do lugar Santíssimo; resplandecia a luz por aquela porta aberta do Santuário Celestial, e demonstrou-se estar o quarto mandamento incluído na lei que ali se acha encerrada; o que Deus estabeleceu ninguém pode derribar.” Ellen G. White, O Grande Conflito, 435.
8 Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Interpretação secundária: A porta do evangelho-O final do século XVIII deveria testemunhar a inauguração de um dos mais poderosos movimentos que o mundo já viu: o esforço dos poderes da cristandade em enviar mensageiros para a evangelização do mundo e para dar a Palavra de Deus a todos os povos que se achavam em escuridão.
9 Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo .  Ellen White afirma que este versículo se refere  aos primeiros adventistas que acaíram depois da decepção de 1844. 1    Ellen G. White, A Word to the Little Flock, 12
10 Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra.
11 Venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. “O trono e a coroa são os penhores de uma condição atingida; são os testemunhos da vitória sobre o próprio eu por meio denosso Senhor Jesus Cristo.” DTN408 EGWhite
12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome.
13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
LAODICÉIA

A cidade de Laodicéia fica cerca de 65 km a sudoeste de Filadélfia e uns quatrocentos e cinqüenta quilômetros de Éfeso. Laodicéia foi fundada por Antíoco II da casa real dos reis conhecidos como selêucidas. A cidade recebeu o nome de Laodicéia em honra à esposa de Antíoco II, que se chamava
Laodice. Era uma cidade notavelmente rica. Era o centro de um sistema de bancos da Ásia Menor. Os laodiceanos eram pessoas que depositavam sua confiança na prosperidade material, na ostentação e na saúde física. Era uma cidade circundada por fazendas, e no vale havia valiosa produção de lãs, de textura
macia, de colorido negro, mas matizado, por assim dizer, com violeta. Vestes pretas eram quase que exclusivamente usadas pelos laodiceanos como evidência de sua riqueza. Laodicéia também se destacava com importantes recursos de saúde; ostentava notáveis fontes térmicas e banhos de lodo; as águas minerais possuíam propriedades medicinais que atraíam muitos visitantes e doentes da Europa e Ásia. Estas águas, próprias para o banho, eram imprestáveis como bebida. Fontes térmicas em Hierápolis precipitavam-se por um despenhadeiro no outro lado de Laodicéia, e a água tornava-se morna no caminho.
Uma importante escola de medicina situava-se no templo de Caru, dedicado a Esculápio, o deus grego da medicina. Relacionada com a escola de medicina havia uma indústria para fabricação de um colírio medicinal especial, que era feito da famosa pedra frígia.
Em virtude de sua riqueza, os cidadãos eram orgulhosos, arrogantes e satisfeitos consigo mesmos. RAMOS163
14 Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente!
16 Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. Essa linguagem era muito familiar aos cristãos laodiceanos.Fontes térmicas em Hierápolis precipitavam-se por umdespenhadeiro, em forma de cascata, no outro lado de Laodicéia. Bem quentes quando fluíam de Hierápolis, essas  águas tornavam-se menos aquecidas ao atravessarem o vale de Lycus antes de atingirem a cidade de Laodicéia, cerca de 10 km de distância e, ao chegarem às vizinhanças da cidade, já se apresentavam mornas. Essas águas, embora excelentes para os banhos medicinais, eram impróprias para serem bebidas. A fonte de água de Laodicéia não era de água quente ou fria, mas morna. A torre de água da cidade era abastecida com águamorna. Sendo assim, a água morna era um fenômeno familiar os laodiceanos, e representava também a condição espiritual deles. Essa mensagem aplica-se especificamente aos cristãos que vivem sobre a terra exatamente no período do juízo préadvento, de 1844 até a volta de Jesus. A condição de mornidão espiritual é pior que a condição fria dos incrédulos, ou dos ateus. O cristianismo morno conserva muito da sua forma, e mesmo muito do seu conteúdo, porém nada do seu poder. Os cristãos laodiceanos da atualidade estão contentes com suas realizações e orgulhosos dos pequenos progressos que a igreja tem feito. É quase impossível convencê-los da pobreza espiritiual em que se encontram. RAMOS, 169
17 Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
18 aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas.
1. O ouro provado no fogo - “O ouro provado no fogo é a fé que opera por amor. Somente isto nos pode por em harmonia com Deus.”¹ “A fé e o amor são áureos tesouros, elementos de que há grande carência entre o povo de Deus.”² “O ouro aqui recomendado como tendo sido provado no fogo, é fé e amor. Ele enriquece o coração; pois foi purgado até tornar-se puro, e quanto mais é provado, tanto mais intenso é seu brilho.”
2. Vestidos brancos - “Os vestidos brancos são a pureza de caráter, a justiça de Cristo comunicada ao pecador. É na verdade uma vestimenta de textura celeste, que só se pode comprar de Cristo por uma vida de voluntária obediência. “Pela veste nupcial da parábola é representado o caráter puro e imaculado que os verdadeiros seguidores de Cristo possuirão.Foi dado à igreja 'que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente,' 'sem mácula nem ruga nem coisa semelhante.' O linho fino, diz a Escritura, 'é a justiça dos santos.' A justiça de Cristo, seu próprio caráter imaculado é, pela fé, comunicada a todos os que O aceitam como Salvador pessoal... “Ao nos sujeitarmos a Cristo, nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nosso espírito torna-se um com Seu espírito, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isto é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça. Quando o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová”  Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol.1, 329.
3. Unjas os teus olhos com colírio - “Deixem que a graça divina lhes ilumine as trevas, e as escamas lhes cairão dos olhos, e compreenderão sua verdadeira pobreza e miséria espiritual. Sentirão a necessidade de comprar ouro, que é a fé e o amor puros; vestidos brancos que é um caráter imaculado, purificado pelo sangue de seu querido Redentor; e colírio, a graça de Deus, a qual lhes dará claro discernimento das coisas espiritais, e indicará o pecado.” Ellen G. White, Testimonies for the Church, vol. 1, 186.O colírio espiritual oferecido por Jesus é o colírio do Espírito Santo que nos habilita a distinguir entre o mau e o bem, e perceber o pecado sob qualquer disfarce. Os laodiceanos vangloriam-se de um profundo conhecimento da verdade bíblica, uma profunda visão das Escrituras. Eles não são totalmente cegos, se assim fosse, o colírio não teria nenhum valor para lhes restaurar a visão. A maior necessidade do povo de Deus hoje é o batismo diário do Espírito Santo. É o Espírito Santo que convence do pecado, da verdadeira condição de pobreza espiritual em que a igreja se encontra. É o Espírito Santo que ilumina a mente, mostra a enfermidade, convence do pecado e dá o arrependimento. O objetivo da mensagem de Laodicéia é causar o arrependimento. Taylor G. Bunch, The Seven Epistles of Christ, 242, 243.
O objetivo da mensagem de Laodicéia não é causar desespero, desesperança, desânimo ou frustração; o objetivo não é também condenar, mas salvar. É uma mensagem de reprovação, mas o objetivo da repreensão é trazer a igreja ao lugar em que se arrependa e se salve. “Está destinada a despertar o povo de Deus, descobrir-lhe a apostasia, e levar a um zeloso arrependimento, para que possa ser agraciado com a presença de Jesus, e preparado para o alto clamor do terceiro anjo.” “A mensagem de Laodicéia apresenta um quadro bem negro da igreja da atualidade e seria desesperador, esmorecedor se não fosse o fato de que a reprovação fosse uma reprovação de amor. A mensagem de Laodicéia é uma mensagem que provém Daquele que muito ama a humanidade. Nela se faz uma grande diferença entre ser uma reprovação expressa em ira e amor, ter como objetivo ferir e destruir, ou sarar e restaurar. Aqueles que usam a mensagem de Laodicéia para acusar e desencorajar, estão fazendo um uso totalmente errado da mensagem. Jesus somente reprova e castiga os laodiceanos porque eles Lhe são muito caros.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, 595, 596.
A igreja de Laodicéia possuía tudo, exceto a Jesus. Ele estava do lado de fora tentando entrar. Esta é uma condição realmente deplorável. Podemos possuir o melhor sistema organizacional do mundo, as melhores escolas e hospitais, o melhor e mais seguro corpo de doutrinas bíblicas, mas, se não possuirmos a Jesus, estaremos perdidos. A resposta ao convite de Jesus não é uma resposta da igreja como um todo, mas individual.
19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te.
20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
“Cristo nunca força a Sua companhia junto de ninguém.Interessa-Se pelos que Dele necessitam. Com prazer penetra no mais modesto lar, e anima o mais humilde coração. Mas se os homens são demasiado indiferentes para pensar no Hóspede celestial, ou pedir-lhe que neles habite, Ele passa.”¹ “Vi que muitos têm tanto lixo acumulado à porta do coração, que não a podem abrir. Alguns têm desinteligências a remover entre eles e os irmãos. Outros têm mau gênio, ambição egoísta para afastar antes de poderem abrir a porta. Outros rolam o mundo para a porta do coração, o que a barra. Todo esse entulho deve ser removido, e então poderão abrir a porta e dar aí as boas vindas ao Salvador.”DTN595-596
21 Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono.
22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

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